A crônica "As Paredes da Estrutura: atravessamentos tributários" é um texto que combina assuntos de justiça tributária, reforma e militância política, com ensaios biográficos da autora. O texto é escrito em aforismos, permitindo leitura coloquial e que aproxima o leitor. Aborda a estrutura tributária a partir da história da raça no Brasil, propondo a decolonização do saber. O sistema tributário aqui é visitado como uma construção da colonialidade e da modernidade, erigido pela exploração da raça, pela escravidão e pelo apagamento da luta por liberdade, que ainda é presente no Brasil-contemporâneo. Raça, em primeiro lugar. E seus atravessamentos - gênero, classe, territórios. O texto aborda como a sociedade colonizada manteve-se assim na era do consumo, reconfigurando conceitos, mantendo-se a estrutura. E usa da primeira pessoa para trazer as experiências atravessadas do sistema tributário no cotidiano da autora. O livro faz referência ao Julho das Pretas e ao dia 25 de julho que, no Brasil, é dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, e dia de Tereza de Benguela. O livro é uma militância. Autora: Daniela Olimpio de Oliveira